JigglyBlog - Hence, Proved.


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On my feet I walk, with my legs I run,
In my arms I'll hold another day.
With my head I think, from my heart I sing,
With my hands to my face I pray...


sexta-feira, outubro 31, 2003



Momento Piada Nerd



***

?

***

Nada, não.


posted by Juliana at 6:43 PM ***




quinta-feira, outubro 30, 2003



Dá só uma olhada nisso!!!

Uma árvore de Halloween...


posted by Juliana at 8:19 PM ***






Constatando o óbvio

Óbvio: Eu gosto de me expor no meu blog.
Óbvio: Histórias não terminam nunca.
Óbvio: Se eu for esperar histórias terminarem para começar a escrever, eu vou ficar maluca.

Então vamos lá. Esses dias aí eu tive que fazer uma escolha. Parece brincadeira, quando você acha que a sua vida está indo pra um lado, de repente ela vai para o outro. E eu achava que a minha vida estava assim, tranqüila, me divertindo, ficando com pessoas ocasionalmente mas sem querer nada sério com ninguém, me importando de verdade só com coisas práticas, como maratona de programação, matemática, legendas...

E de repente eis que surge não uma, mas duas pessoas para quem eu olhei e falei, isso poderia dar certo de verdade. Será que é só comigo que as coisas acontecem desse jeito?

Escolha. Escolha. Escolhi rápido demais? Ah, sim. Escolhi. Porque sou impulsiva? Talvez. Mas eu gosto mais é de pensar - e os fatos e atitudes das pessoas à minha volta sempre me comprovam isso - que tempo, por si só, não muda a cabeça de ninguém. Se você pensa uma coisa hoje, e se tranca num quarto sem falar com ninguém por duas semanas, vai sair de lá pensando exatamente a mesma coisa.

A gente muda, sim. Pessoas mudam, e muito. Mudam de atitude, de caráter, de idéia. Mas toda mudança é uma reação. Então eu poderia ficar sozinha e pensar um tempão, não ia adiantar nada. Eu poderia me colocar em leilão e perguntar quem dá mais? e deixar que estes acontecimentos me mudassem de idéia. (Espero que vocês entendam que essa frase agora foi uma piada. Por favor...) Ou eu poderia decidir logo de uma vez e resolver essa história.

Em pleno dia 27. Vocês não imaginam o grito que eu dei quando me dei conta da data.

Mais do que uma escolha entre duas pessoas - que eu ia ter que fazer de qualquer jeito, peguei um jeito qualquer, pensei e escolhi - o que me assustou foi a minha escolha entre continuar no modo que a minha vida andava indo, não quero nada sério com ninguém, ou passar para o modo eu quero trabalhar para construir um relacionamento. E me assusta um pouco o quanto essa escolha foi automática.

Eu não pensei sobre isso. Eu não considerei ficar enrolando com os dois ao mesmo tempo. Eu não considerei ficar sem nenhum dos dois para fugir dessa complicação toda. Bah, mentira - só o fato de estar escrevendo isso, mostra que o assunto passou pela minha cabeça. Mas é diferente. Não passou como uma possibilidade real. Só como saídas que outras pessoas, no meu lugar, poderiam vir a seguir.

É agora, amigos, é agora que a Juliana vai descobrir se aprendeu alguma coisa com as besteiras que fez e com as besteiras que fizeram com ela. Se aprender a viver solteira já foi bastante difícil, mas eu acabei conseguindo, acho que vai ser mais difícil ainda agora aprender o oposto, e colocar em prática todas aquelas coisas que eu disse que eu nunca mais vou fazer isso.

Eu nunca mais vou achar que a minha vida e minha felicidade dependem de estar com uma pessoa específica.
Eu nunca mais vou mentir, enganar, esconder.
Eu nunca mais vou desligar o telefone na cara de ninguém.
Eu nunca mais vou esperar que os problemas vão embora sozinhos se a gente fingir que eles não estão ali.
Eu nunca mais vou deixar de fazer as coisas que eu quero por causa de alguém que não me acompanha.
Eu nunca mais vou esquecer de fazer novos amigos só porque tenho alguém especial.

Deixa eu parar de pensar agora que assim já tá difícil o bastante. Então foi isso. Eu escrevi. Não, eu não escrevi tudo que eu queria ainda... Mas já deu pra desabafar um pouco. Sobre histórias que não terminam nunca: Eu não escrevi essas coisas antes, porque pensava... vai que eu falo uma coisa e no dia seguinte ela não é mais verdade!

Tá, resolvi correr o risco. Se alguma coisa que eu falei aqui deixar de ser verdade eu aviso vocês.


posted by Juliana at 1:54 PM ***






- Peraí, peraí... Desculpa. Fala isso de novo que eu não prestei atenção. Ainda preciso me acostumar com você escrevendo no quadro com essa unha pintada de roxo.
- Não se preocupa, não... Cada dia vai estar de uma cor diferente.


posted by Juliana at 1:13 PM ***




quarta-feira, outubro 29, 2003



Meu computador não consegue entender que começou o horário de verão. Toda hora eu arrumo o relógio, e quando eu vou ver, ele tá uma hora atrasado de novo. Só tem dois neurônios o bichinho, tadinho.


posted by Juliana at 6:53 AM ***




terça-feira, outubro 28, 2003



Eu tenho escrito pouco assim mesmo ou é impressão minha?


posted by Juliana at 9:19 PM ***






In the meantime...

A idéia é fazer muitas contas, não muito complicadas, e, se possível, não totalmente desprovidas de sentido...


posted by Juliana at 5:30 PM ***






O tempo não muda a cabeça das pessoas. São os acontecimentos que fazem isso.

***

Desculpem, estou dependendo de outras pessoas. Mais tarde eu conto mais.


posted by Juliana at 5:29 PM ***




segunda-feira, outubro 27, 2003



Aaaaahhhhhrrrgghhh eu não acredito que esqueci meu ICQ ligado desde ontem de noite até agora. Fazia um século que eu não cometia essa bobagem.

Aguardem que o mega-poste do dia 27 vem aí. Mesmo que não saia hoje. Tem um bocado de censuras para serem quebradas...


posted by Juliana at 4:11 PM ***




domingo, outubro 26, 2003



Outro dia eu falei essa frase me referindo a outra pessoa, mas dessa vez vou falar a mesma coisa de mim mesma.

Eu não preciso de ajuda pra me enrolar. Eu me enrolo sozinha.


posted by Juliana at 3:11 PM ***




sábado, outubro 25, 2003



- Essa aqui é a Juliana.
- Oi, Juliana. Eu leio seu blog.

...


posted by Juliana at 10:55 PM ***




sexta-feira, outubro 24, 2003



Ai, amigo, eu sinto tanto sua falta. Eu acho que você sabe isso, mas não custa dizer. Eu sinto falta de poder compartilhar com você essas coisas engraçadas que só você entenderia que são engraçadas. Amigo, se você soubesse das coisas que andam acontecendo na minha vida, se eu te contasse o que eu descobri hoje, cara, você ia rolar de rir. E eu não posso nem contar aqui porque o blog tá censurado pra esses assuntos. Mesmo. E eu não sei nem se você tá lendo.

***

Agora peraí que eu vou ali fazer um backup do meu blog inteiro, porque hoje ele me assustou. Não quero perder meus lances, não.


posted by Juliana at 5:48 PM ***




quarta-feira, outubro 22, 2003



Burra.

Vai dormir às 10 da noite, num incrível surto de planejamento, pra não ficar com muito sono no dia seguinte.

Daí o que ela faz? Acorda às 3 da manhã e fica de bobeira, e sai de casa antes mesmo do dia terminar de clarear direito.

Não que tenha sido ruim este outro lado da magrugada (sim, porque o meu lado da madrugada em geral é aquele que acaba às três da manhã).

Mas, francamente. Argh. Tchau, tô saindo.


posted by Juliana at 5:13 AM ***




segunda-feira, outubro 20, 2003



Tipo assim, vocês já me conhecem bem, vocês já sabem que eu sou maluca mesmo, então vocês não vão se importar se eu falar mais uma maluquice, né?

Tipo assim. Sabe quando você come demais, ou algo que não cai bem e tal, e daí você fica enjoado e não consegue nem pensar em olhar pra cara de mais comida?

Sabe quando essa sensação passa e você percebe que tá com muuuuuita fome?

Eu adoro isso :))

Mais legal ainda é dormir assim e acordar no dia seguinte com mais fome ainda. Se encher de comida de manhã cedo é muito bom. Muito bom.

Pronto, agora comentem sobre o quanto eu sou maluca de ficar pensando nessas coisas.


posted by Juliana at 11:36 PM ***




domingo, outubro 19, 2003



Existe esperança no mundo?

Acho que talvez exista. Nas últimas 6 horas recebi 4, eu disse apenas 4, daqueles irritantes emails vírus que dizem que são da Microsoft. O fluxo está diminuindo. Sim, existe esperança.


posted by Juliana at 10:56 PM ***




sábado, outubro 18, 2003



Querido Diário,

A Oktobermat foi tudo de bom. Os lanchinhos e o churrasco no final me fizeram sair da dieta bonito - tudo bem que eu não estou mais fazendo dieta, mas também não precisa exagerar, né! As palestras foram muito legais. Bom, as que eu assisti, pelo menos. As que eu dormi, quando eu acordei tinha alguém cochichando que não tinha achado muito boa... Menos mal, ainda não consigo controlar meu sono, mas pelo menos meu inconsciente já está mais seletivo do que se pode dormir e o que não se pode. Bom, certamente foi um sucesso total, a primeira vez na história da matemática que faltou cadeira em uma palestra. Uma, não, em todas. Isso que dá fazer propaganda no PUC Urgente anunciando a matemática sedutora.

Momento memorável: Uma das palestras tinha o título bem comprido, que quase não cabia na transparência, e a última palavra do título era R4. Daí a palestrante estava tentando arrumar a transparência em cima do projetor,

- Assim está bom?

E o Nicolau,

- Não! Assim eu não estou vendo o R4!

As opiniões se dividem para saber se ele fez a piada intencionalmente ou não. Eu acho que foi intencional. Era óbvio demais...

Por falar em dormir, eu ainda não dormi. Quer dizer, com excessão do cochilo na palestra de ontem - que nem foi a palestra inteira - estou acordada há 34 horas. Fui na Bunker, e a piadinha que fiz de que iria direto de lá pro treino foi quase verdade. Só passei em casa pra trocar de roupa e tomar café.

O que foi eu encontrando o Rafael na Bunker. Céus, que cena. Primeiro porque ele sempre disse que jamais iria lá, sempre que eu convidava não ia, e ainda me zoava porque eu freqüentava lugares ruins. Mas o pior não foi isso, não. O pior foi a cena que a gente fez. Acho que o amigo dele até se assustou. Eu ria feito uma louca, e ele berrava Eu sabia! Eu sabia que você ia estar aqui! E eu que não ia lá há mais de um mês... Parei de ir porque achei que estava piorando, e a quantidade de pessoas ali só interessadas em pegar mulher aumentando demais. Bom, ontem não estava tão ruim assim. A pista 1 estava, mas na pista 2 dava para dançar sem se preocupar. Parece que a fase ruim está passando.

Aí, eu não vou nem falar porque eu não falo dessas coisas aqui, mas ter ido à Bunker ontem foi uma idéia sensacional. De quem foi a idéia mesmo? Sei lá. Mas foi perfeito. Iiih, nem vou falar mais que senão estraga. Sei lá, só sei que eu tô feliz.

Bom, depois passei em casa rapidinho e fui pra PUC. Tinha treino pra maratona de ACM. Aliás, contagem regressiva - faltam 3 semanas. O treino foi muito bom também. O mais engraçado foi que caiu uma questão de Alternating Sign Matrices, a coisa que eu mais tenho estudado!! A questão era muito boba, mas surpreendentemente eu não consegui fazer. Ficou naquela de tá certo mas tá dando Wrong Answer, só que é claro que não tava certo, né, e depois eu fui descobrir que deixei passar um monte de bobagem. Agora já está resolvido, mas na hora não contou... Ainda assim meu time foi muito bem.

E depois disso eu iria querer dormir, certo? Nãããão! Eu fui pra piscina, eu nadei, gente, há quanto tempo eu não fazia isso! Depois tomei sol também e fui atacada por um milhão de criancinhas jogando bolinhas de plástico. Mas tudo bem. As bolinhas me impediram de dormir e acabar torrando no sol.

Depois, dormir? Nããão! Aula de Zouk. Que também foi bizarramente legal. Nem teve passo novo, mas a aula estava um clima muito alegre e agradável, parece que tinha menos gente também, o que por um lado é chato, mas por outro lado aquela sala é tão pequena, ficava muito apertado com toda aquela gente. Sem contar com quem eu dancei, que nem comento. Ah, vai, não fiquem chateados que eu não estou comentando nada, mas nem ia adiantar, vocês não sabem de quem eu estou falando. Bom, foi só meia música, mas há quanto tempo que eu queria dançar com ele!

E agora, eu vou dormir? Pô, sei lá, acho que não. Ficar acordada parece estar dando certo.


posted by Juliana at 7:37 PM ***




quinta-feira, outubro 16, 2003



Momento contribuição

Estou aceitando contribuições para o JigglyBlog. Esse aqui se chama o pneu na contra-mão e me fez rolar de rir...

***

Coisas que acontecem da vida...

Hoje, voltando da faculdade após um dia muito cansativo ocorreu um fato muito estranho e incomum...

Dirigindo tranqüilamente para casa, ouvi um barulho muito alto. Achava que era uma bomba explodindo ou coisa assim. Após alguns instantes, eu vejo um pneu de um ônibus quicando em direção ao carro que estava a minha frente. No primeiro momento finquei assustado, pois ele podia passar e me pegar em cheio alem do susto, mas depois que felizmente (para mim) o pneu bateu, destruiu a frente do carro que estava "me protegendo" e parou.

Depois do susto, fiquei pensando na cena, e vou falar a verdade... Achei muito engraçada (Do pneu andando sozinho na conta-mão). Achava que esse tipo só ocorria em filme, mas ocorreu hoje em plena Jardim Botânico...

- Guilherme


posted by Juliana at 9:11 PM ***






E só mais uma coisa: será que dá pra alguém me explicar que frio é esse?


posted by Juliana at 8:17 PM ***






Vamos estabelecer uma coisa. Quem abre e fecha é porta. Cor pode ser claro, escuro, vermelho, azul, amarelo, brilhante, opaco... Mas cor não abre nem fecha.


posted by Juliana at 8:16 PM ***






Obrigada pelas respostas. É, eu tô carente sim, isso é óbvio, e eu não tenho vergonha nenhuma de dizer.

Gustavo - quem é você? Pode falar comigo no ICQ mesmo eu não estando lá. Depois eu respondo, e numa dessas a gente acaba se encontrando.

Claus - Concordo com você. Talvez seja por isso que eu estou tão carente agora, porque eu tomei essa decisão de não correr atrás. Mesmo morrendo de vontade. Eu posso estar enganada, mas eu estou com a sensação de que se eu fizesse isso agora, ainda que desse certo, eu ia ficar com uma sensação de que faltou alguma coisa, de que não era assim que era pra ter acontecido, e eu estou preferindo não arriscar essa possibilidade.

Fred - Percebo, sim, e como eu queria que fosse tão simples assim. Mas não é. Às vezes as outras características da pessoa fazem dela uma pessoa por quem vale a pena esperar. O difícil é saber por quanto tempo. É que nem sempre o "assustar" é no sentido de não querer nada comigo. Com esses eu não tenho a menor chance mesmo, mas em outros casos pode querer e ter medo de pedir, sei lá.

Fernando Barboza - Lá vamos nós de novo. Briga comigo não, tá, que eu não estou com vontade de brigar com você, mas eu estou em modo sinceridade total aqui. Acompanhe.

Eu também não concordo que a inteligência seja um defeito. Aquilo foi uma piada. Para as pessoas que me tratam como se fosse.

Suas palavras em Caps Lock quase colocaram seu poste na categoria de ofensivo, mas tinha tanta coisa interessante em volta que nem foi. Sim, é verdade que eu já disse essas palavras que você mencionou, não foi exagero. Eu disse assim mesmo, só não sabia que tinha sido pra você, porque você nunca se identificou para mim no ICQ como Fernando Barboza. Até ler seu comment agora, eu achava que nunca tinha falado com você por ICQ. Não que fosse fazer diferença.

Mas eu explico. Não sei se estou interpretando certo o que você falou, Fernando - me corrija se eu estiver errada - mas me pareceu que você quis dizer que eu falo essas coisas porque fico nervosa quando percebo a possibilidade de estar conhecendo uma pessoa interessante, que seria, no caso, a pessoa para quem falei esta frase ou alguma muito semelhante com ela.

Se for isso, você está enganado. Eu falo essas coisas quando estou falando com alguém que não faço muita questão de conhecer. Não quero um cueca. Bom, não sei se essa é uma palavra de uso geral ou se é só sua, mas até onde eu entendi você chama de cueca esses caras que eu fico descrevendo, que me agarram no meio do corredor na Bunker e depois me chamam de vagabunda, ou que falam oi, gatinha, quer tc, e que você se inclui nessa categoria. De novo, me corrija se a minha interpretação estiver errada.

Mesmo que eu esteja usando a palavra no sentido errado, mantenha a descrição - e este é exatamente o tipo de pessoa que eu não quero conhecer. Quero mais é espantar os cuecas. Nem por isso vou ignorar a pessoa quando ela fala comigo. Afinal, uma conversa pela internet, eu posso estar enganada, posso estar classificando a pessoa como cueca erradamente. Vai que eu estou perdendo uma chance. Vai que por trás daquilo tem uma pessoa interessante que eu estou interpretando errado. Por isso eu falo com todo mundo, mesmo quando não estou gostando, mas você não pode esperar que eu dê a mesma atenção para essas pessoas do que dou para as minhas gracinhas e para os meus amigos.

A chance de um cueca chegar a ser uma gracinha é virtualmente zero. Não vamos entrar no mérito de se isso é uma coisa boa ou uma coisa ruim, mas eu sou extremamente exigente nesse sentido. Se não for a pessoa em quem eu estou interessada, eu não vou me interessar. Mas sempre estou disposta a transformar as pessoas em amigos. Você, Fernando, só pelo tempo que dispensa a escrever seus longos comentários para mim, eu já considero um amigo. Obrigada pelas suas palavras encorajadoras no final - aliás, eu não sou mais loira, mas se você quiser continuar me chamando assim, eu deixo, tá? ;)

Só que eu falei que ia explicar e acabei não explicando, não é? Então. As pessoas me procuram no ICQ. Pessoas que eu não conheço. Sendo assim, não tenho assunto para puxar com elas. Se eu realmente não quisesse conhecer ninguém novo, eu simplesmente ignorava as mensagens. Não é o caso, então eu respondo. Mas eu muito acho que o papel de puxar assunto é de quem veio começar a conversa. Quer falar comigo, então fale, não fique esperando que eu fale primeiro. Você não acha isso justo? Então, daí dependendo do meu humor e da insistência da criatura, eu posso vir a dizer pô, sei lá, fala alguma coisa aí ou aquela outra frase que você colocou. Que no fundo são a mesma coisa, só ditas com palavras diferentes.

Eu só queria acrescentar mais uma coisa - concordo, quem fala o que pensa ganha ponto. Mas eu queria deixar bem claro que aquilo que eu postei aqui não foi um resumo da conversa. Aquilo foi a conversa, literalmente. Por isso que eu pedi pra ler de novo antes de continuar. Pra ver se vocês vêem naquela conversa, qual foi o motivo dele pensar isso. Dado que aquilo era a totalidade do que ele conhecia de mim até o momento.


posted by Juliana at 8:13 PM ***






Eu não coloco uma letra inteira de música inteira aqui há um século, né, porque ninguém lê e eu também não leio quando os outros postam letra de música. Mas essa eu não resisti, porque tem tudo a ver, e ela começou a tocar no meu playlist aqui bem quando acabei de escrever o outro poste aí de baixo. Então aqui, não leiam.

I Want You To Want Me
Words and Music by Rick Nielsen

I want you to want me.
I need you to need me.
I'd love you to love me.
I'm beggin' you to beg me.

I want you to want me.
I need you to need me.
I'd love you to love me.
I'll shine up the old brown shoes, put on a brand-new shirt.
I'll get home early from work if you say that you love me.

Didn't I, didn't I, didn't I see you cryin'?
Oh, didn't I, didn't I, didn't I see you cryin'?
Feelin' all alone without a friend, you know you feel like dyin'.
Oh, didn't I, didn't I, didn't I see you cryin'?


posted by Juliana at 12:49 AM ***






- Oi, quer tc?
- Puxa, seu número de ICQ é tão pequeno. Eu respeito isso. Você usa a internet há mais tempo que o resto do mundo.
- É verdade. Eu cheguei a pagar 40 reais por 30 horas de conexão discada... Você pode imaginar isso?
- Eu também passei por isso! E entrar no mIRC para baixar mp3 e anime... Coisa que hoje é trivial... Dava uma emoção!
- É mesmo! Você já participou de encontros de IRC?
- Não encontros, assim, de canal, mas já conheci pessoas que conheci primeiro na internet.
- Claro. É quase inevitável. E de resto, o que você faz da vida?
- Estou fazendo mestrado em matemática, e nas horas vagas faço uns free lances de programação.
- Nossa, que raridade, mulher fazendo essas coisas.
- É mesmo.
- Você assusta os homens, não é?

Pausa. Leiam isso de novo antes de ler meus próximos comentários.

Caraca. Como é que uma pessoa me faz um comentário desse assim, na cara, no meio do que deve ter sido a conversa mais normal que eu já tive com uma pessoa por ICQ.

Não, eu não fiquei chateada com ele. Nós continuamos conversando, mas o meu humor já foi para o espaço. Porque também não foi a primeira vez que eu ouvi essa frase assim de uma pessoa que nem me conhece, com quem troquei só meia dúzia de frases, não deu nem tempo de ter a menor noção de quem eu sou. Mas essa foi a vez que meassustou mais, porque a conversa estava boa.

E principalmente porque é verdade. E da forma mais injusta possível, porque os homens-lixo não prestam atenção nessas coisas e não se assustam. Eles vêm pra cima de mim, só que eu não quero. Já os homens que valem a pena, eles se assustam comigo, sim, e eu não consigo entender por que. Mesmo quando tem tudo a ver. Quando está na cara que se a gente tentar vai ser muito bom. Ou mesmo quando não é tão óbvio que tenha tudo a ver, mas a gente sabe que existe interesse das duas partes. Mesmo assim, para acontecer alguma coisa, tenho sempre que ser eu que começo. Porque ele não se manifesta.

Mas eu já cansei de fazer isso. Tipo assim, quem eu estou enganando, eu sei que vou continuar fazendo. Não é como se eu tivesse muita escolha. Mas que eu estou cansada, eu estou. Só uma vez, eu queria ter um cara tentando me conquistar, e eu querendo ser conquistada por ele. Só uma vez. É pedir demais? Parece que as coisas nunca se encaixam deste jeito. Quando existe um lado, nunca existe o outro. E o papel da menina que corre atrás, decide o que quer, faz todo o possível e finalmente consegue estar junto da pessoa que ela escolheu, é divertido, sim, mas é que eu já fiz isso. Já passei por isso. Eu quero viver outra coisa agora. Entende? Depois pode não fazer diferença... Mas eu quero ter uma história desse tipo pra contar, também. Uma coisa totalmente nova.

E eu não acho que vá acontecer. Porque eu assusto as pessoas. É, eu estou bastante desanimada agora. Mas gente, eu não sou uma pessoa tão terrível assim. Mesmo eu sendo inteligente, este defeito horrível para uma mulher. Eu tenho outras qualidades para compensar por isso. Quem me dá uma chance e chega perto para me conhecer melhor acaba vendo todas elas. Será que tem jeito?


posted by Juliana at 12:31 AM ***




terça-feira, outubro 14, 2003



De novo. Como sempre, acabou o semestre passado e todo mundo falou que

- Semestre que vem não tem nenhum feriado. Cai tudo no fim de semana.
- Mas, tudo, tudo mesmo? Não tem nem umzinho?
- Tudo.
- Mas isso não faz sentido. Se fosse assim, todos os feriados seriam sempre no mesmo dia da semana.
- Não interessa. Semestre que vem não tem nenhum feriado.

É. Quarta feira agora é feriado, né?

Blah pra vocês.


posted by Juliana at 12:39 AM ***






Frase da semana:

A intriga cresce exponencialmente.


posted by Juliana at 12:16 AM ***




segunda-feira, outubro 13, 2003



Chocante

From: Fotolog.net
Subject: Problems with your fotolog account

Hi. Unfortunately, a "hacker" has attacked the Fotolog site by exploiting a
vulnerability in Windows Internet Explorer. This has caused some problems
for a few of our users - we believe that your account was one of those
affected.

We have figured out what happened and have stopped the problem. It is very
similar to an exploit that has been a recent problem on ICQ.

Here's what happend:

When you visited his Fotolog page it ran a small script that changed a file
on your computer. The next time you visited Fotolog.net, instead of going to
the real Fotolog servers, it would take you to his server, where he had a
fake version of the Fotolog homepage. When you tried to log in there, he
attempted to capture your Fotolog password, and then access your Fotolog
account and add the malicious script to your Fotolog, causing other people
to have the same problem.

IF YOU VISIT FOTOLOG AND YOU SEE A COPY OF YESTERDAY'S HOMEPAGE (with less
than 75,000 members at the top) THEN DO NOT LOG IN THERE and follow these
directions. Even if you already have, follow the instructions below.

Here is what you should do:

1. Find your hosts file. On Windows XP, I found my "hosts" file in the
following directory: C:\WINDOWS\system32\drivers\etc

2. Open the hosts file in Notepad (or any text editor)

3. It will look something like this:

126.0.0.1 localhost
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 go.icq.com
200.204.78.203 www.fotolog.net

4. Delete all of the lines that have the 200.204.78.203 line on them. NOTE:
Do NOT delete the line with the localhost number, or any of the other
comments at the top of the page.

5. Save your Hosts file.

You should now be able to go to the REAL Fotolog site again. Immediately
change your Fotolog password (and, if you use the same password for other
sites, you might want to consider changing those too).

And that's it. We've figured out how this person was able to exploit his
Fotolog page and have made a number of changes to avoid problems like this
in the future.

We're very sorry about the inconvenience and problems this may have caused
you. We're also very sorry that someone out there has nothing better to do
than try to cause problems for a wonderful community like Fotolog.

Thanks.

-- Fotolog Admin

***

Bizarro. Porque era exatamente isso que estava acontecendo comigo. Porque de fato eu tinha esse IP escrito nesse arquivo. Porque eles mandaram um email superlegal explicando o que aconteceu como se tivéssemos mais de 80 de QI. Porque eu tinha mandado um email pro SuperIG antes perguntando se o problema era deles, se estavam usando cache ou alguma coisa parecida, e eles responderam com uma resposta automática sobre apagar todos os meus cookies e eles quase estavam certos.


posted by Juliana at 11:49 PM ***






Puxa, gente, quando eu cometer um erro desses de esquecer de fechar o itálico e com isso zoar o resto do blog todo, como aconteceu no poste da Simony aí embaixo, me avisem, tá, que eu não tenho o costume de visitar meu próprio blog, e só fui perceber isso hoje.


posted by Juliana at 11:47 PM ***




domingo, outubro 12, 2003



Alguém me explica o que uma pessoa ganha por mandar fotos de mulher pelada pro email dos outros?


posted by Juliana at 8:07 PM ***






Só pra dar um exemplo do tipo de pessoa legal com quem eu conversei na Loud.

- Você sempre traz seu ursinho pras festas?
- Aí, na boa... Quantas pessoas você acha que falam comigo e não tem um comentário ridículo para fazer sobre o meu ursinho?
- Hm, deixa eu pensar... zero?

Fantástico. Simplesmente inacreditável. 99% das pessoas teriam respondido

- Hehehe, gatinha, não entendi nada, mas tipo assim, qual teu bairro?


posted by Juliana at 8:04 PM ***






Então, a Loud. Foi muito bom. Cara, eu tinha esquecido o que era dançar sem parar sem ser atacada por uma pessoa diferente a cada cinco minutos. Não. Teve um cara que grudou em mim mas nem insistiu muito, eu disse que não tava a fim e a gente ficou dançando muito tempo, foi divertidíssimo e sem estresse. Tinham algumas gracinhas em volta, e lá pras cinco da manhã eu acabei ficando com uma das gracinhas. Digamos que era a segunda opção. E aaahhh, não quero falar sobre isso não que eu tenho vergonha.

O show do Matanza foi muito bom também. Claro que eu não entendia uma palavra, mas acho que era o som que estava ruim mesmo. Mesmo assim, achei o máximo o jeito como ele fala. Eu cheguei exatamente na hora que estava começando. Acertei direitinho. A coincidência incrível foi que ontem eu tinha duas opções de coisas pra fazer, a Loud ou um baile de Zouk. Acabou que as duas coisas eram uma do lado da outra. Fui nas duas. Cheguei no baile às 10:30, dancei um pouco, mas mais olhei, né, que Zouk não é exatamente a minha especialidade ainda. Então quando era 1 hora saí de lá e fui pra Loud. Falei pra todo mundo que tava indo pra casa dormir, ha, que senão ia dar um trabalho explicar que eu estava indo pra uma outra festa completamente diferente...

O mais legal é conversar com as pessoas na Loud. Não sei, eu só fui duas vezes, mas nas duas conheci pessoas legais. Considerando que já fui na Bunker umas 300 vezes e nunca conheci ninguém lá, isso me faz gostar um tanto mais da Loud. O lance é que quando as pessoas começam a conversar comigo elas já estão meio bêbadas e falando bobagem. Eu, que já não falo como uma pessoa normal mesmo, e não bebo, posso desligar todos os meus filtros de não fale isso, está sem contexto demais, só fez sentido na sua cabeça, vão achar que você é maluca e as conversas saem totalmente não triviais... Nada daquela história de tipo assim, qual teu bairro...

Vim de carona pra casa, cheguei eram 6 horas, tomei banho morrendo de medo do meu cabelo desbotar - aaah vai, normal a paranóia, foi a primeira lavada depois de pintar - chequei email e foi aqueles lances que já falei, mas não vou falar porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa história toda foi ficar de boca fechada. Vamos somente aguardar os acontecimentos. Fui dormir.

Acordei uma e meia com meus pais me chamando pra sair pra almoçar. Eu não queria ir, mas acabei acordando pra contar pra minha mãe a história do email, e já estando acordada, acabei indo. Almoçamos num lugar tão fuleiro que nem te conto. Uma carne dura, bleargh. Depois tomei sorvete de sobremesa. Um picolé de negresco, putz, muito bom, tem biscoito no sorvete. Eu queria aquele Magnum Preguiça mas não tinha, fica para outro dia.

É, eu parei de fazer dieta, né? Eu avisei que não era pra sempre. Viram, como eu não enlouqueci? Ainda mais que no outro dia eu descobri que sou mais alta do que eu achava que era... Meu "peso desejado" aumentou proporcionalmente.

Daí eu fui na casa da minha tia ver a obra dela e a grade que prende os cinco cachorros na cozinha, voltei pra casa, assisti um pouquinho de televisão e pronto, o dia acabou. Que beleza. Por que será que eu estou com esse sono todo agora?


posted by Juliana at 6:37 PM ***






Hoje eu fui na Loud! e foi muito legal. Chego em casa, checo email, e sou surpreendida pelo orgulho macho ferido de uns e outros tentando se vingar de mim por outros lados que não têm nada a ver com a história.

Essas são as outras coisas. Essas são as coisas que me tiram o sono.

Mas eu não vou ficar acordada pensando nessas coisas. Eu vou dormir pensando em como a Loud! foi legal. E amanhã eu conto mais sobre ela.

***

Antes de sair de casa eu escrevi uns três postes sobre a minha atual opinião sobre relacionamentos entre pessoas. Apaguei todos. Ou não eram coisas que eu sentia de verdade, ou não eram coisas que eu queria admitir, pra mim mesma ou pra vocês.

Eu precisava dessa agora. Isso aqui resumiu o que eu estou sentindo. E não era nem sobre isso que eu estava pensando antes de sair de casa.


posted by Juliana at 6:48 AM ***




sábado, outubro 11, 2003



Engraçado as pessoas procurarem por foto do nokia 3520 tamanho real. Aliás, engraçado as pessoas quererem qualquer coisa tamanho real. Será que elas não sabem que o tamanho que uma foto aparece na tela depende do tamanho e da resolução da tela? Se eu tirar uma foto do meu telefone e fizer um tamanho que fique tamanho real no meu monitor de 15 polegadas, e você colocar no seu de 17, não vai ficar o mesmo tamanho... Se você quer saber o tamanho do telefone, tenho duas sugestões:

1) Vá na página da ATL, eles te dizem as dimensões. Tipo x centímetros de altura, y de largura. Daí você pega uma régua, um pedaço de papel e um lápis - sim, têm que ser estes instrumentos, o photoshop não vai servir pelos mesmos motivos mencionados antes - e desenha um retângulo com estas dimensões. Pra saber o peso, a página diz o peso também, digamos x gramas. Daí você vai na cozinha, procura aquele copo com indicações para medir açúcar, farinha, etc - que balança com precisão você não vai ter em casa, né - e coloca no copo os x gramas de açúcar. Cuidado pra não colocar um ingrediente e seguir as indicações para outro, as coisas têm densidades diferentes. Daí você pega esse açúcar, coloca num saquinho plástico, corta os excessos de plástico e fecha com durex. Bem fechado pra não sair caindo açúcar pela casa. Volta pro quarto e cola o saquinho de açúcar no retângulo que você tinha cortado antes. Pronto, você já quase se sente como se tivesse um telefone em tamanho real nas suas mãos.

2) Vá na loja da ATL e peça para ver o telefone. Eu sempre digo que é bom as pessoas saírem de casa de vez em quando. Nem tudo é tão bom no computador quanto ao vivo.


posted by Juliana at 11:14 AM ***




sexta-feira, outubro 10, 2003



Acabei de ver a Avril Lavigne cantando Basket Case.

Muuuuuuito booooooommmmmm!!


posted by Juliana at 8:19 PM ***






Vamos tentar não colocar comentários anônimos? Eu gosto de saber quem disse o que. Obrigada.

***

Ontem eu vi Amores Possíveis. Achei legalzinho, gostei da idéia, a última cena foi desnecessária mas tudo bem. Agora, não gostei muito do filme, não. Interpretação muito fraca, diálogos artificiais, me senti como se estivesse assistindo a uma novela. Ou um filme dublado.

***

Acabei de exercitar mais uma vez o princípio de resolver um problema dormindo. Eu levo essas coisas ao extremo. Hm, como vou fazer isso? Não sei. Vou dormir. Dia seguinte de manhã (hoje foi isso, mas às vezes é 20 minutos depois) acordo, e oh, já sei.

Dito isso, agora é hora de ir trabalhar...


posted by Juliana at 9:26 AM ***




quinta-feira, outubro 09, 2003



Veja se eu tô ficando maluca ou se vocês me entendem. Abrir um pacote de chocooky e comer só dois não tem graça. Ou você come o pacote inteiro, ou não come. Não é?


posted by Juliana at 10:30 PM ***






Um diálogo de verdade:

- Vai querer beber alguma coisa?
- Ah, sim. Um guaraná diet, por favor.
- Sim, claro. E aí, como está lá em Minas?
- Hm?
- Está tudo bem em Minas?
- Ah, sim. Muito bom. Obrigado.
- Vocês sumiram um tempo, né?
- É... Foi. Mas já voltei.
- Quer gelo e laranja?
- Quero.

Eu não sei nem se eu devia explicar por que isso foi surreal, mas eu vou explicar, sim. É porque quem teve essa conversa com o garçom fui eu. E eu não tenho a menor idéia do que ele estava falando, de quem ele pensava que eu era, e de por que eu continuei respondendo na maior naturalidade como se fosse eu mesmo que sumi e fui pra Minas.

Outro de verdade:

- Pô, ontem eu jantei um lance muito gostoso.
- Que bom.
- Ainda tem mais lá em casa. Mas eu não vou comer não.
- Hm? Por que não?
- Hoje não vou comer nada.
- Ficou passando mal?
- Não. Tô gordo. Não vou comer nada e vou pra academia malhar.
- Cara, isso não faz o menor sentido. Você precisa comer pelo menos o que o seu corpo precisa.
- Mas eu estou gordo.
- Só um pouquinho. Você não é um gordo que come exageradamente. Come e faz exercício, pô.
- Ah. Sei lá. Vou comer nada hoje não.

A graça: Os personagens deste diálogo eram dois playboyzinhos na fila do elevador da PUC. Enquanto isso, eu comendo minha barrinha de cereal. O que também vem a ser surreal por si só, mas fazer o que? Acabei gostando das tais barrinhas. Argh.


posted by Juliana at 10:23 PM ***






Surgiu outro vírus que vem fingindo ser cartão virtual, desta vez de um tal de "emotioncard" e com o visual bem mais bonitinho do que o outro. Pontos pelo capricho, mas francamente, isso já foi feito. Cadê a criatividade?


posted by Juliana at 7:30 AM ***




quarta-feira, outubro 08, 2003



Cara, eu tô com muito nojo do mundo agora. Sério mesmo.

Na televisão, Simony. Recém mãe pela segunda vez, uns peitões que parecem duas melancias. Bom, né? Muito leite, criança saudável, bem alimentada.

Ou não. Ela está tomando remédio para secar o leite para poder fazer uma cirugia plástica. Parem. Leiam de novo esta frase. É isso mesmo que vocês entenderam.

Caraca! O que leva um ser humano a fazer isso? O que leva uma mãe a fazer isso? Só me resta pensar que ela não pode ser classificada como nenhuma das duas coisas. Sinceramente, eu sou a primeira a concordar que quem vive de imagem tem mais é que cuidar da imagem mesmo. Não tem nada de errado em fazer 300 mil cirurgias, consertar nariz, melhorar peito, tirar gordurinhas indesejáveis.

Mas brincar com a alimentação dos filhos por causa disso é o cúmulo da falta de noção. A minha imagem é importante, o meu público é importante. E o seu filho, não. Não que eu me considere público de Simony - o que ela tem feito mesmo nos últimos, digamos, 15 anos? Mas supondo que eu fosse - lisonjeada, querida, mas cuide dos seus primeiro, o resto do mundo vem depois. Cadê o instinto protetor materno? O que é feito da imagem de uma pessoa que demonstra não ter um pingo disso?

Blah. Por isso que eu não gosto de assistir TV aberta. Deixa eu acreditar que Simony é só aquela que cantava no Balão Mágico. Essa daí eu não gosto, não.

Superfantástico amigo, que bom estar contigo...


posted by Juliana at 11:28 PM ***






Já que ando meio sem assunto, vamos chutar o balde e gerar discórdia propositalmente:

Não comer carne é coisa de viado.

Pronto. Falei.

Comer carne faz de nós seres humanos. Nós estamos no topo da cadeia alimentar por algum motivo. Não comer carne vai contra a natureza, ou, se você for religioso (coisa que eu não sou), vai contra a vontade do seu Deus. Você foi feito assim, pô. Seu organismo foi feito para digerir um monte de coisas, entre elas, carne. Seus neurônios e seus músculos são beneficiados por ela. Quanto mais, melhor. Viva as churrascarias. Viva os churrascos. Viva se empanturrar de comida e acordar no dia seguinte louco pra passar horas na academia colocando aquela proteína toda para algum uso.

Comam carne e fiquem mais inteligentes. Os neurônios agradecem. Porque deixar de ser loira ajuda, mas não é tudo. Aliás, eu enquanto estou de dieta, quando como comida de verdade, é praticamente só carne. O resto é supérfluo. Eu como carne, frutas, e Diet Shake. Essa é a minha alimentação. Viva minha dieta que me fez tão magra e tão feliz.

E, num comentário totalmente desconectado, viva Arnold Scharzenegger.

Aquele brutamontes que tem uma válvula de porco no coração, igual ao meu avô.

E se fosse o seu avô, você ficaria com pena do porco? Dane-se o porco. Coma o resto do porco pra comemorar. Carne de porco é o que há. Viva o porco!

***

Hm, esse poste ficou um pouco mais louco do que eu tinha planejado. Mas tudo bem, meu cabelo também ficou mais escuro do que eu tinha planejado. Coisas da vida. A gente se acostuma. Vou deixar assim mesmo.


posted by Juliana at 12:58 PM ***




segunda-feira, outubro 06, 2003



Mais um alarme falso

Eu bem achei que hoje era o dia que eu ia ter que comprar um computador novo. Não foi. Troquei o cooler do processador - que tinha quebrado de novo - e tudo voltou à normalidade. Por enquanto.


posted by Juliana at 11:48 PM ***




domingo, outubro 05, 2003



Enquete: Encontrar vários erros bobos enquanto está desenvolvendo um programa é uma coisa boa ou uma coisa ruim?

Por um lado, aqueles erros não vão mais ser encontrados pelo usuário porque não vão existir mais. Por outro lado, se você está encontrando aqueles, então quantos mais existem?


posted by Juliana at 4:41 PM ***






QUERO COMIDA QUERO COMIDA QUERO COMIDA QUERO COMIDA

Ahem. Finge que vocês não viram isso, tá?


posted by Juliana at 1:09 AM ***






"Porque tem gente que tem um talento natural pra cantar, e tem gente que é super desafinado pra cantar Parabéns pra Você."

Putz. Parabéns pra Você é uma das coisas mais difíceis de cantar que existe.


posted by Juliana at 1:08 AM ***




sábado, outubro 04, 2003



Assistindo a um filminho no cinema, eu e meu gato, bem na primeira fila. A gente achava que sentar na frente era mais romântico do que atrás, porque assim a gente até esquecia que existiam outras pessoas na sala. O clima começou a esquentar e meu gato queria que esquentasse ainda mais. Não que eu também não quisesse, mas eu disse,

- Aiiii pára, que assim eu fico com vergonha...
- Ué, vergonha de que?
- Aqui, assim, no meio de todo mundo... Vamos pra outro lugar.
- Todo mundo quem? A sessão tá vazia.

Olhei pra trás e percebi que era verdade mesmo. Todas as cadeiras vazias, só nós dois ali. Quer dizer, nós e um gordinho na última fila, bem do outro lado assim. Eu aceitei, então. Eu e meu gato no maior love e o gordinho começa a rir discretamente. Olho para a tela para ver se o filme está engraçado, mas a essa altura já não estou prestando atenção há tanto tempo. Ignoro. As risadas do gordinho vão ficando menos discretas. Olho para o gordinho. Ele não está olhando para o filme, está olhando para nós.

Fico revoltada, começo a armar o barraco.

- Que nojo, seu gordinho perdedor! Não tem nenhuma mulher que te queira e aí fica olhando os outros, é? Você é a escória da humanidade!

O gordinho ficou irritado. Não falou nada, mas parou de rir e a expressão mudou completamente. Também não dei tempo de falar nada. O clima já era e o filme também, peguei meu gato e fomos pra rua procurar um taxi para voltar para casa.

Tinha aproximadamente um milhão de taxis na rua. E nenhum queria pegar a gente.

- Iiiih, esse lugar que vocês vão é muito longe!

- Agora não é minha vez não, fala com ele ali, ó.

- Eu já vou levar aquele outro casal ali.

- Ah, minha filha, tô a fim não. Aprende a dirigir aí, pô.

Inacreditável. Mas era impossível voltar pra casa. Já era noite e estávamos com fome, então voltamos pra dentro do shopping e fomos procurar algum lugar pra comer. Encontramos pessoas conhecidas num restaurante, e sentamos junto com eles. Pedimos comida, tudo ia bem, até que ouve-se um grito:

- Assalto! Assalto! Socorro, estou sendo assaltada!

Alguma movimentação. Pessoas se entreolham. De onde veio o grito? Ninguém sabe. Onde está o assaltante? Nenhum a vista. Aos poucos as pessoas desistem e voltam para suas refeições, como se nada tivesse acontecido, mas eu não consegui tirar aquilo da minha cabeça. Depois de alguns minutos, resolvo chamar o garçom.

- Vem cá, vocês descobriram qual era a do assalto?
- Assalto?
- É, que alguém gritou que estava sendo assaltado.
- Bom, eu ouvi esse grito, mas não tem nenhum assalto não.
- Como você sabe?
- Ah... não tem.
- Você nem vai chamar a polícia?
- Não.

Eu fui ficando preocupada. Comecei a imaginar o assaltante, já tendo colocado medo o suficiente na sua vítima para que ela voltasse a ficar quieta, sentado tranquilamente a seu lado como se fosse apenas mais um cliente do restaurante. Por baixo da toalha da mesa, os garçons não estão vendo mas ele tem um revólver apontado para ela. E se ela não continuar tirando as coisas da bolsa e as entregando para ele discretamente e em silêncio, ele vai atirar. Quando ele termina com ela, senta em outra mesa, e começa o mesmo procedimento com outra pessoa. Todo mundo vai ser assaltado porque ninguém fica sabendo que o assalto é real até ter a arma apontado para si mesmo e então não poder mais gritar para alertar os outros.

Não queria ser a próxima. Me levantei com a desculpa de ir ao banheiro, mas na verdade estava fugindo de fininho. Nem tentei chamar ninguém para ir comigo, iam achar que eu estava louca. Paciência, deixe que sejam assaltados, são meus amigos, mas antes eles do que eu. Eu vou embora.

Desço o primeiro andar de escadas rolantes quando uma senhora, que nem vi de onde veio, me dá um belo tapa na cara. Doeu. E eu não entendi nada. E começa a mulher, não gritando para não causar nenhuma cena, mas claramente me dando uma bronca que poderia levar a ameaças de morte.

- Escória da humanidade?
- Hein?
- Como você ousa dizer isso pra ele?
- Quem?
- Ora, quem! O Sr. (...esqueci o nome...), é claro!
- Ah, o gordinho?
- Olha o respeito, menina!
- Eu disse que tinha nojo dele porque tenho mesmo. Imagina, ficar olhando os outros do jeito que ele estava fazendo!
- Ele pode olhar para quem ele quiser! Porque ele é o Sr. Fulano!
- Eu não sei quem ele é, mas ninguém pode olhar pra mim daquele jeito.
- Olha aqui, menininha, você não é nada, você não é ninguém, e se você comprar briga com o Sr. Fulano deste jeito, eu posso te garantir que todos os planos da sua vida serão arruinados com uma facilidade que te surpreenderia.

Não sei por que, mas acreditei nela. E fiquei com medo. Comecei a pedir desculpas para o Sr. Gordinho. A princípio eu tentava explicar o que tinha me levado a falar daquele jeito, mas a cada olhar maligno e/ou tapa da mulher, eu mudava de direção e no final já estava babando o ovo do Sr. Gordinho, dizendo que seria o maior prazer para mim ter algum tipo de relacionamento profissional com ele, e sim, vamos combinar, vamos conversar um dia e tal... E o gordinho bem acreditando em mim...

Quando então ouve-se um tiro. Veio de cima, do restaurante onde eu estava antes. Pronto, eu tinha até esquecido do assaltante. E essa agora, eu já queria estar longe! Mas todos começaram a subir para ver o que tinha acontecido, e eu não ousei correr para o outro lado. Subi também.

No restaurante, pessoas assustadas por todos os lados, comida derrubada, um corpo estendido no chão, e o assaltante - interpretado por Tom Cruise - parado a seu lado, fumaça ainda saindo do cano do revólver, olhava para todos com ar de não chegue perto de mim senão você é o próximo. Um homem tentou chegar perto e foi o próximo. Percebo um segurança negro falando em um walk-talk, não consigo entender o que ele diz, mas tem cara de quem sabe o que está fazendo e já deu altas ordens para conter a situação. Mais uns três tiros são disparados, o assaltante sai correndo, e um grupo vai atrás. O negro, a mulher do gordinho, mais dois seguraças à paisana que estavam no meio das pessoas do restaurante, e eu.

Corremos por partes do shopping que eu nunca tinha visto antes. Passagens secretas. E com várias coisas bizarras espalhadas também, coisas que eu nem reconheço o que são, até que chegamos numa sala de monitoramento, com várias telas mostrando o movimento em partes conhecidas do shopping e nas partes secretas também. Nestas telas posso ver lugares por onde não chegamos a passar, com coisas mais bizarras ainda. Nesta sala o negro nos manda parar.

- Aqui estamos seguros. Pelo menos por enquanto. Vamos aguardar e observar sua movimentação.

Assistimos Tom Cruise passar de tela a outra, e a expressão no rosto do negro vai ficando cada vez mais preocupada. Não sei se as outras pessoas percebem. Puxo o negro para um canto e pergunto o que está acontecendo.

- Estou apreensivo. Estas partes não deveriam ser conhecidas por ninguém, mas ele não parece estar se movimentando aleatoriamente. Está traçando um caminho bastante certo, errando algumas vezes, mas de modo geral movendo-se em direção ao Centro, onde estão guardados os segredos mais importantes. Bem, e tem algo mais me preocupando também, mas não sei se devo nem mencionar.
- Fale. Eu quero ajudar, mas preciso saber toda a situação.
- Pois bem. Já faz algum tempo que quando o vejo nos monitores, acho que há alguma coisa errada. A princípio pensei que poderia estar vendo coisas ou que fosse alguma falha nos equipamentos, mas agora percebo que ele está claramente tentando se ocultar das câmeras. Não está conseguindo, ainda podemos vê-lo. Mas a imagem falha, e você pode não ter percebido porque não conhece o lugar, mas algumas vezes já o vi passando de uma sala a outra que não possuem ligação direta. Ele está se camuflando.
- Ele está sabotando os equipamentos?
- Não, não. Eles estão funcionando perfeitamente. É só ele, só a imagem dele que ele perturba.
- Mas como ele pode fazer isso?
- Acho que vou ter que te contar mais coisas. Aqui não é exatamente como o lugar de onde você vem.
- Como assim, de onde eu venho? Você nem me conhece. Como pode saber de onde eu sou?
- Não importa. Qualquer lugar que seja. Aqui é diferente, os tecidos da realidade não são como você está acostumada, são meio híbridos, misturados de vários mundos diferentes.
- Entendo. Mas foi construído por pessoas?
- Por pessoas daqui.
- Você é daqui?
- Sou.
- E eles?
- Também.
- Mas eu não. O que estou fazendo aqui?
- Não sei, você veio porque quis.
- Ora essa, mas se é um lugar tão secreto assim, eu simplesmente vim, e você simplesmente me deixou vir? Qualquer um poderia ter vindo!
- Você veio porque quer parar este vilão, sendo assim eu deixei você vir. Acredite, não teria vindo se eu não tivesse permitido.
- E quem deu permissão a ele?
- Ninguém, que eu saiba. Também estou preocupado com isso. Ou ele tem algum aliado aqui dentro, alguém que está nos traindo, ou aprendeu a abrir a passagem sozinho. Dos dois modos é preocupante.
- Ou ele é daqui também.
- Não, não é. Aqui tem muito poucas pessoas. Conhecemos cada um.

Um tiro é ouvido e a mulher do gordinho cai morta no chão. O negro briga com os outros dois.

- Como vocês permitiram isto?? Onde está ele?
- Não sabemos, chefe, não podemos vê-lo agora! Mas estava longe da última vez que o vimos, não poderia ter voltado tão rápido! Não sabemos de onde veio este tiro!
- Vamos procurar! Separem-se!

Recebo uma espécie de metralhadora. Nunca mexi em uma antes, mas acho que de qualquer forma é melhor estar armada do que não estar.

- Fiquem todos atentos. Seja lá quem for que atirou, ainda está perto. Não morram.

Falar é fácil. Nos separamos e saímos à procura do Tom Cruise, a sala de monitoramento é nosso ponto de encontro caso qualquer coisa aconteça. À medida que nos aproximamos do Centro, dá para perceber claramente o que o negro quis dizer com os tecidos da realidade serem diferentes. A realidade não dá tanta sensação de realidade, não te dá segurança de existir de verdade. Às vezes me movimento sem perceber, às vezes atravesso paredes ou respiro sem problemas em salas que aparentemente são enormes aquários. Outras vezes quase sufoco em salas onde não há nenhuma água. Perco o controle de minhas mãos, de minhas pernas, mas à medida que vou aprendendo a lidar com o novo universo que me cerca, aprendo como movimentá-los nesta nova realidade. Já não estou mais tão fora de casa assim, penso que sei como lidar com a metralhadora apesar de ainda não ter dado um só disparo, e agradeço por não ter topado com Tom Cruise enquanto ainda não sabia nem existir, quanto mais andar ou atirar.

Ouço então mais um tiro. Conforme combinado, volto à sala de monitoramento. Um dos seguranças já está lá, e o negro então chega arrastando o corpo imóvel do outro. Eu assito, atordoada, enquanto eles conversam rapidamente.

- O que aconteceu?
- Foi uma luta horrível! Pena ele ter tido que se sacrificar, mas creio que conseguimos encurralá-lo!
- Onde?
- Na sala de controle dos geradores.
- É perigosamente perto do Centro!
- Eu sei! Mas há poucos lugares onde poderíamos efetivamente prendê-lo, certo?
- Qualquer passagem que fosse desablitada...
- Poucas podem ser verdadeiramente desabilitadas! A maioria fica apenas trancada, mas este homem já demonstrou que sabe todos os segredos do nosso mundo!
- Ele saberia abrir as portas?!
- Preferi não arriscar. Está preso lá, temos tempo para pensar no que fazer.

Eles resolvem - e eu não tenho nada que fazer senão concordar e colaborar - que entrar na sala de controle dos geradores e enfrentá-lo novamente terá os mesmos resultados que antes. Eles decidem por um outro caminho, digitalizar a todos e realizar o próximo confronto virtualmente. A vantagem seria de que, ficando a situação perigosa demais, podemos facilmente sair do mundo digital e voltar para onde estamos, a uma distância segura do criminoso, interrompendo assim a batalha numa situação crítica. A desvantagem é que qualquer dano que venha a ser causado a nós enquanto estivermos neste mundo, é totalmente irreversível. Um braço quebrado digitalmente não poderá se recuperar, pois a estrutura óssea terá sido danificada e esquecido como fazer a regeneração.

A desvantagem, por outro lado, pode ser uma vantagem. Pois a irreversibilidade dos danos vale para o criminoso também. Então era uma aposta. Entramos, e podemos fugir se necessário, mas precisamos ter certeza de destruí-lo sem falhas, sem sofrer nada nós mesmos.

Já digitalizados, começamos, juntos desta vez, nosso caminho até os geradores. O caminho era familiar, mas só de vê-lo nos monitores. Começava com os corredores redondos, de paredes pretas metalizadas, e esporadicamente apareciam algumas placas com componentes eletrônicos. Este corredor ia ficando gradualmente menor, até o ponto de termos que andar abaixados para prosseguir, e sempre dando voltas, às vezes subindo ligeiramente ou descendo, mas sem nenhuma bifurcação até chegar a escada. A escada era meio escondida, facilmente você passaria por ela sem perceber - ficava à direita e subia por uns 100 metros, num corredor também circular e preto, mas desta vez vertical.

O nosso líder, o negro, ia na frente, depois eu, e depois o outro cara. Chegando ao topo da escada havia uma sala azul. Haviam muitos zumbidos nesta sala. Quanto mais tempo ficamos nela, os barulhos iam ficando mais insuportáveis.

- Ele sabe que estamos aqui. Precisamos agir rápido.

A passagem para a sala seguinte era mais complicada. Numa das paredes da sala azul, luzes corriam por caminhos esculpidos na parede, de fora para dentro, e se juntavam no meio. Era o teletransporte luminoso, conforme me explicaram, e algumas pessoas se sentiam desconfortáveis passando por ele. Mas era um meio seguro de isolar algum lugar, pois poderia ser desabilitado. Agora seria um momento crítico, pois teríamos que abrir a passagem para poder entrar, e neste tempo Tom Cruise poderia fugir. Precisamos agir rápido.

O negro apertou uma seqüência de botões na parede e as luzes começaram a se movimentar mais rapidamente. Ele se aproximou do ponto para onde as luzes convergiam, foi chegando mais perto da parede e colou-se nela de braços abertos. Aos poucos seu corpo foi começando a se iluminar, piscar como uma televisão que não está captando bem a imagem, e sumiu. O outro fez o mesmo logo a seguir. Eu, não tendo outra opção, fui também.

A sensação era estranha, mais ainda do que o processo de digitalização pelo qual tínhamos passado imediatamente antes. Aquele era como não existir por alguns momentos, e depois você nem sentia mais a diferença. O processo de ser transportado para o outro lado aqui parecia mais longo, e não era como não existir, era como ser luz. Sentir como a luz se movimenta. Ver o mundo do ponto de vista da luz, algo que certamente eu não tinha imaginado antes. Quando cheguei do outro lado, os dois já procuravam Tom Cruise, se certificavam de que ele não nos prepararia alguma armadilha ou fugiria enquanto não estávamos vendo. Eu ainda me sentia diferente. Olhava para minhas próprias mãos e a falta de luminosidade me parecia errada.

- Você está bem?
- Estou. Eu acho.
- Não se preocupe, você se acostuma.
- Onde está ele?
- Lá dentro. Logo depois desta porta. Ele já sabe que estamos aqui.
- Ah, sim, estou vendo.

Era uma porta dupla de vidro, grossa, com estruturas brancas em volta, e um pequeno compartimento entre elas. Cada uma precisava de uma sequencia de botões para ser aberta, mas como os dois me explicaram, estas eram mais fáceis de ser enganadas do que a barreira luminosa. Ele poderia sair se quisesse.

Eu podia vê-lo no canto da outra sala através do vidro das portas. Estava sem camisa, a arma jogada de lado. Tinha muito ódio no olhar, estava molhado de suor, e claramente se preparava para uma luta mais física desta vez.

- Nossas armas não vão adiantar.
- O que? Do que você...?

Observei sem entender enquanto o negro e o outro se livravam das armas e munição que carregavam. Me segurei à minha metralhadora. Do meu ponto de vista, se o inimigo quer lutar com as mãos, problema dele, mas se eu tenho uma arma eu estou em vantagem. Meus dois aliados sorriram quando eu disse isso, como se fosse uma grande ingenuidade da minha parte, e não falaram mais nada, mas abriram a primeira porta. Entramos no compartimento, apertado para os três, e a porta se fechou atrás de nós. Tom Cruise se aproximou enquanto abríamos a segunda porta.

O que aconteceu depois foi rápido demais até para descrever. Pularam os três um por cima do outro. Se socavam, se arranhavam, puxavam cabelos. Eu disparei alguns tiros, mas minha participação não foi muito significativa. Todos os três pareciam estar se machucando. Em algum momento, o negro conseguiu ter Tom Cruise preso de cara para o chão, os braços atrás das costas, imobilizado. Mas o terceiro já tinha voado longe, e eu não conseguia ver onde estava seu corpo. O negro socava e estapeava Tom Cruise, que aos poucos foi desaparecendo. Fez muito barulho no processo, berrou inacreditavelmente. Devia estar sentindo muita dor enquanto as células de seu corpo deixavam de existir, ele ia se tornando cada vez mais transparente, até desaparecer por completo.

O negro, com o olho roxo e inchado, vários cortes nos braços, parecendo extremamente cansado, olhou-me seriamente e disse,

- Vamos embora logo daqui.

Saímos do mundo digitalizado, estávamos de volta à sala de monitoramento. Os ferimentos do negro eram muito piores agora. Ele sentou e descansou uns três segundos, e já se levantou novamente, começando a seguir o mesmo caminho para o local onde havia se dado a batalha.

- Espere! Agora não! Precisamos cuidar de você primeiro!
- Não adiantaria nada! O que precisamos fazer é nos certificar de que ele está morto.
- Mas é claro que está. Vimos ele sumir.
- Nunca podemos ter certeza com este tipo de gente. Venha, precisamos nos certificar. O transporte de luz ainda está ligado.

Seguimos o mesmo caminho novamente, mas desta vez mais rápido, sem medo. Tom Cruise estava morto. Eu estava apreensiva pelo estado lastimável do negro. Passamos pela barreira de luz, e, eles estavam certos, eu me acostumava. Ainda achava a passagem fascinante, mas não me sentia mais tão estranha quando chegava do outro lado. Não imaginava como alguém poderia não gostar daquilo.

- Ele não gosta. Acho que isto ajudou a prendê-lo aqui.
- Mas ele usaria para fugir.
- Claro. Mas ele está morto.

E com esta certeza, e sem tomar nenhuma precaução ou cuidado, o negro foi abrindo a primeira porta e passando, depois a segunda, mas eu andei mais devagar, olhando para onde ele ia. O corpo de Tom Cruise estava no meio da sala, onde eu o havia visto morrer no outro mundo. Algo estava errado. O outro corpo também não estava lá.

O negro se aproximou dele rapidamente e eu vi algo que ele não viu. Vi um movimento. Não esperei para ver qual foi, mas houve um movimento, o que significava que ele não podia estar morto. Corri para a barreira, com a intenção de desativá-la pelo outro lado e prender os dois lá dentro. Enquanto eu atravessava, vi os dois correndo em minha direção. Atravessei. Cheguei do outro lado e tive outra idéia. Voltei, mas não cheguei a sair da parede. Me concentrando muito para não deixar a barreira completar comigo o processo de transporte que ela estava programada a completar, me escondi, ainda em forma de luz, no canto de um dos caminhos por onde os feixes corriam até o meio.

O negro pulou na parede e passou. Precisava ser exatamente cronometrado agora. Ele foi embora e Tom Cruise se encostou na parede. No mesmo momento eu me soltei, e juntei-me a ele. Ele percebeu, tentou voltar ao formato físico e se desprender da parede, mas eu não deixei. O segurei. Era muito forte, mas eu tinha mais intimidade com a barreira. Consegui segurá-lo, e como ele fazia força para trás e eu para frente, atravessamos muito lentamente.

Imagine ser rodeado de luz. Imagine ser o mesmo que a luz. Imagine a liberdade que você recebe, as fronteiras derrubadas. Imagine ser o mesmo que a luz.

Saímos. Ele caiu de bruços no chão, e eu por cima dele. O negro, sem entender nada, olhava do canto. Tom ainda estava consciente, mas fraco demais para se mover. Eu também. Estava cansada. Meus cabelos molhados e desarrumados. Aproximei meu rosto do dele, e num sussurro que ninguém mais poderia ouvir, disse,

- Agora você é o mesmo que eu.

Os olhos dele se prenderam nos meus com todos os significados do mundo e nenhum significado ao mesmo tempo. Depois se fecharam. O negro apertou um interruptor na parede, e continuamos os três no mesmo estado e na mesma posição, mas a cena à nossa volta se dissolveu novamente para o restaurante, onde agora a polícia tomava providências quanto aos corpos baleados, gerentes pediam mil perdões a clientes pela cena, pessoas revoltadas diziam que nunca mais voltariam a um lugar como este, outros comemoravam a chance de sair sem pagar a conta, e eu ouvia tudo isso muito ao longe, ali, ainda deitada por cima de Tom, quando meus olhos foram se fechando sem que eu pudesse evitar, e eu também, dormi.


posted by Juliana at 9:27 PM ***






Aí, eu to sentindo que hoje eu vou comer alguma besteira. Eu já decidi que amanhã eu vou comer alguma besteira. É o fim da dieta se aproximando. Eu já perdi cinco quilos, amigos, eu disse cinco. Segunda feira começo a aumentar o número de calorias diárias. Vou passar pra 1000 por dia. Uhuuu!!


posted by Juliana at 8:26 PM ***






Sou só eu, ou mais alguém aí acha as novas propagandas do Itaú a coisa mais ridícula do mundo? Bem-informados... Como vocês sabem, o Itaú foi feito pra vocês.. Arrrrrggggh. Dá vontade de explodir. Tenho até vergonha de existir no mesmo mundo que a pessoa que inventou isso.


posted by Juliana at 8:24 PM ***






Mas que coisa boa.


posted by Juliana at 8:23 PM ***




sexta-feira, outubro 03, 2003



Help improve Blogger by Taking a 15 Minute Survey.

Eu fiz. Só porque eles foram educados e não jogaram um popup na minha cara com esta frase. Foi bastante inofensivo.

Ranking

Países de onde mais pessoas me encontram no ICQ:

- Brasil
- Egito
- Turquia

Não sei. Não sei. Não perguntem. Os outros países não têm uma participação significativa neste resultado.


posted by Juliana at 9:43 PM ***




quinta-feira, outubro 02, 2003



Alguém me explica como eu consegui fazer isso.



Eu fiz um ComboBox transparente.

Não, não foi intencional.


posted by Juliana at 11:22 PM ***






Hoje eu tive um sonho meio bizarro. Não sei nem por que vou contar. Sei lá, talvez vocês interpretem pra mim. Primeiro eu sonhei que eu estava na França e minha avó morava lá. Então eu cheguei de surpresa, e apareci na casa da minha avó, fiquei esperando ela chegar em casa. Quando ela chegou, foi uma coisa meio assim, blá, papo vai, papo vem, até que eu falei,

- Poxa, vó, eu cheguei de surpresa e você nem fala nada?
- Ah, sei lá. Você tá aí agora. Deixa que eu vou preparar a cama onde você vai dormir...
- Olha, vó, não me leve a mal não, mas eu meio que queria ficar num hotel. Sabe como é... Aqui é meio longe... Queria ver pessoas e tal.
- Mas você vai sozinha?
- Vou. É só um dia, amanhã minha mãe já chega.

E fui. Sem falar uma palavra de francês, fui passeando, vendo coisas bonitas e tal, tinha uns barcos - não me lembro muito bem - aí foi começando a ficar de noite e eu lembrando que ainda não tinha lugar pra ficar. Chamei um taxi e lembrei que não sabia falar francês.

- Uh... Je ne parle pas fraçais...
- Tem grilo não, eu também não falo.
- Pô, você é brasileiro?!?!
- Sou.

Decepção. Viajar é pra conhecer estrangeiros, pra pegar taxi brasileiro eu pego aqui, né! Mas tudo bem. Pelo menos o cara podia me ajudar, eu nem conhecia a cidade, estava louca para ver coisas. Entrei no taxi, que era muito, muito pequeno, e apertadinha ali dentro, disse pra ele,

- Olha, eu queria que você me levasse assim, pra um hotel que não fosse estupidamente caro, mas que também não fosse muito longe, sabe?
- Sei. Pode deixar que eu conheço um lugar legal.
- Tá. Mas antes de você ir, será que você podia dar umas voltinhas? Tipo, só aqui perto mesmo, pra eu ir vendo umas coisas, pra passear com mais calma amanhã e visitar tudo.

E o cara dirigindo, e me apontando as coisas, me dizendo o que eram, e eu achando tudo lindo. Tentando guardar onde ficavam pra voltar depois.

- Mas tipo, você não conhecia essas coisas não? Nunca veio aqui antes?
- Olha, eu já estive na França uma vez antes, mas não me lembro muito bem, não.
- Como não lembra?
- Ah, não sei. Acho que não prestei muita atenção. Devia estar preocupada com outras coisas.

Terminado o tour, cheguei no hotel, que era legalzinho, peguei minhas malas que sabe-se lá como tinham cabido naquele taxi minúsculo, e peguei um quarto. No dia seguinte de manhã, minha mãe chegou. Eu mostrava para ela umas revistas e falava,

- Olha, mãe, eu acho que a gente devia fazer compras hoje, e deixar para visitar os lugares turísticos amanhã.
- Tudo bem, mas, por que?
- É que senão depois a gente esquece.

E foi isso. O sonho acabou por aí. Eu sei, vocês estavam esperando um final, mas e eu então, que sonhei isso, vocês acham que eu não queria um final? Sei lá... Inventa alguma coisa aí...


posted by Juliana at 8:38 PM ***






Mais uma daquelas coisas que ficaram presas nos dedos. Sabe como eu não consigo nunca escrever de primeira prato, pronto, ou qualquer outra coisa que comece com pr, porque a primeira tentativa sai sempre printf?

Achei outra. Sala. Não consigo escrever a palavra sala. Sai salsa.

Ééééé...


posted by Juliana at 8:27 PM ***






Eu fico triste. De verdade. Vocês, pessoas que me deixam triste, sabem muito bem o que estão fazendo comigo. Duvido que não saiba.

E que tipo de pessoa eu seria, se não ficasse triste pelos outros?

Hoje eu estava na fila do banco e, no momento que olhei para fora pela porta de vidro, uma pessoa se aproximava, com um grande sorriso, e das duas uma: ou estava doidão e não via o vidro, vindo a bater de cara com ele; ou tinha visto alguém conhecido lá dentro e se aproximava para cumprimentar. Olhei para cada um da fila procurando um reconhecimento mútuo ao menino lá fora. Ninguém se manifestou. Dali a pouco começam as batidinhas no vidro. tec tec tec. O senhor à minha frente na fila olha para trás e volta a olhar pra frente. tec tec tec. O mesmo senhor volta-se novamente e me diz,

- Ó, tá te chamando ali.
- Não é comigo, não. Eu não conheço.

Mais um tec tec tec e depois parou.

Agora, analisemos a situação. Várias possibilidades. Ou era alguém que eu conhecia e era eu que estava doidona. Ou ele estava vendo pessoas que não existem. Ou ele me confundiu com alguém.

E agora eu fico pensando como seria, poderia ser alguém interessante, poderia vir a ser um grande amigo e contaríamos para sempre a história de como nos conhecemos no banco quando ele me confundiu com outra pessoa e ficou batendo no vidro que nem um maluco em vez de entrar no banco pra falar comigo.

Mas não. Na hora isso nem me passou pela cabeça. Eu estava na fila do banco para pagar uma conta e seguir com a minha vida. Eu não estava disposta a aceitar a aproximação de uma pessoa nova.

Uma pessoa nova e cheia de possibilidades, uma pessoa nova que possivelmente nunca me deixaria triste.

Enquanto isso, fico eu aqui, gastando meus pensamentos com outras pessoas. O que faz a gente fazer isso? O que faz a gente se importar tanto com os outros, de uma hora pra outra?

Ai... Sei lá. Pronto, hoje estou melancólica.


posted by Juliana at 8:14 PM ***




quarta-feira, outubro 01, 2003



Se eu seguisse todos os meus próprios conselhos, eu teria uma vida melhor. Conselho do dia:

Nunca perca tempo tentando fazer uma coisa sem antes se certificar de que esta coisa já não está feita.


posted by Juliana at 3:23 PM ***






Vocês sabiam que quando você faz uma MessageBox do tipo MB_OK ela é automaticamente modal, mas quando você faz uma MB_YESNOCANCEL você precisa colocar MB_TASKMODAL?

Eu não sabia. Que horrível. A pessoa clica fora da MessageBox, a MessageBox passa para trás da tela mas ainda está modal, então você fica na sua frente com uma janela que não faz nada!!


posted by Juliana at 12:28 PM ***






passionate kiss



You Are a Passionate Kiss!


When you kiss, the world either stops or spins

At least for the minute that your lips are locked

No question about it, you tend to get carried away

It's no wonder your kissing often leads to other things :-)



What Type of Kiss Are You?

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posted by Juliana at 11:19 AM ***









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