JigglyBlog - Hence, Proved.


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On my feet I walk, with my legs I run,
In my arms I'll hold another day.
With my head I think, from my heart I sing,
With my hands to my face I pray...


terça-feira, outubro 31, 2006



Ótimo, ótimo. Um emulador de Nintendo 64 funcionando, uma semana de televisão atrasada, vários filmes do Netflix que ainda não assisti, e uma prova de probabilidade. Como sou feliz...


posted by Juliana at 12:21 AM ***




segunda-feira, outubro 30, 2006



Catching Up

Okaaaay... Tem um monte de coisas que andei botando no YouTube e não linkei aqui. Então, aqui vai. E como eu sou preguiçosa, as descrições são apenas copy-paste das descrições que coloquei no YouTube.

A Toshiba man at Digital Life was drawing pictures of people to demonstrate his notebook-like Toshiba laptop, one where you can draw on the screen with a little pen thingy. It's cool to see me become a cartoon, but I sped it up and added a soundtrack because the dialogue was waaaay boring.



Bom, mas eu cheguei a falar do Digital Life? Não? Hum. Eu botei umas fotos no Multiply.

E como dá pra ver pelas fotos, eu cantei no jogo de playstation imitando American Idol. Sim, este vídeo está também no YouTube, mas com disclaimer. Eu cantei muito mal no American Idol. Então, antes de colocar o vídeo, coloquei este outro aqui, que eu fiz em casa:

The only purpose of this video is to show that I don't *always* sing as badly as I do in the next video that I'm going to post. And it was fun to do, too!



E agora vocês podem ver eu cantando mal. Aí embaixo começa com eu cantando, e continua com vídeos de outras pessoas cantando que elas colocaram no YouTube.



And now for something completely different...

Aqui estou eu colocando cola no meu quebra-cabeça do Mario.



E aqui, uma foto de como ele ficou pronto, já pendurado na parede.



Também tem uma ou outra foto nova no álbum da Nintendo Store, porque fui lá de novo. Em particular, aqui está um carro do Pikachu que estava parado na frente da loja!



E só porque esse poste está ficando muito longo, eu vou deixar pra colocar as coisas mais mais recentes no próximo.


posted by Juliana at 12:12 AM ***




quinta-feira, outubro 26, 2006



Nomes

Minha memoria falha um pouco ao voltar tao longe no tempo, mas acredito que o que vou contar agora aconteceu quando eu estava no CA. Talvez tenha sido ainda antes, no jardim de infancia.

Tinha uma menina na minha turma chamada Tecla. Eu no comeco achava estranho, mas depois acostumei. Desde entao, nunca mais conheci ninguem que tivesse esse nome, mas nao eh o ponto.

O ponto eh que de vez em quando a professora fazia chamada. E a Tecla um dia reclamou,

- Por que eu sou sempre a ultima?

E a professora respondeu,

- Porque nao tem nenhuma aluna chamada Vela!

Eu achei aquilo engracadissimo. A professora zoou a garota na maior cara de pau! ...Sabe, so agora, pensando sobre isso para escrever aqui, eh que eu percebo que talvez eu tenha imaginado essa situacao. Talvez a professora tenha falado Vera, um nome perfeitamente legitimo, e eu tenha entendido Vela sei la por que...

***

Mais ou menos na mesma epoca, eu frequentava a piscina do meu predio com razoavel frequencia. Moravam muitas criancas no predio, e embora eu nao tivesse o meu grupinho, volta e meia quando eu estava na piscina eu brincava com criancas aleatorias. Entao teve um dia que eu fui brincar com uma menina, e perguntei o nome dela.

Paloma, ela disse. So que eu nunca tinha ouvido esse nome antes. (Hoje em dia, eu ja conheci varias Palomas, mas naquela epoca era novidade.) E eu nao entendi. Interpretei que o nome dela era Paula, um nome que eu conhecia, e que em vez de apelidarem de Paulinha, como era comum, tinham apelidado de Paulona.

So que eu achei aquilo muito estranho. Eu, hein, menina macho, querendo ser chamada de Paulona. Eu tive vergonha de chama-la de Paulona, mas tambem nao quis exagerar pro outro lado e chamar de Paulinha, entao enquanto a gente estava brincando, eu a chamava constantemente de Paula. Todas as vezes ela retrucava,

- Meu nome nao eh Paula, eh Paloma!

E eu continuava nao entendendo. Achei que estava rolando pra ela uma fase como rolou pra mim tambem, em que eu insistia veementemente que meu nome nao era Juliana, era Juju. Nao deixava ninguem me chamar de Juliana. So Juju. E apesar dela ter adotado um apelido meio estranho pra usar como nome... Eu acabei cedendo... E passei a chama-la de Paulona.

Ela tambem nao deve ter entendido direito, porque parou de reclamar. E ficou por isso mesmo.


posted by Juliana at 2:42 PM ***




quarta-feira, outubro 25, 2006



In case of emergency, push this button.

O conceito de um "botao de emergencia" nao eh assim tao estranho, por si so. Por exemplo, embaixo do balcao de uma loja pode ter um botao para o vendedor apertar disfarcadamente se estiver ocorrendo um assalto, e o tal botao pode alertar a policia.

Enfim, poderiamos pensar em varios exemplos. O que eu nao consigo entender eh por que esses botoes de emergencia existem em todos os banheiros. Sim, banheiros. Nao, nao dentro de casa. Na rua. Banheiro da faculdade, banheiro do McDonalds, enfim, todos os banheiros publicos tem um botao de emergencia.

Por que?


posted by Juliana at 1:47 PM ***




sábado, outubro 21, 2006



Historinhas

Eu estava lembrando esses dias de umas historinhas da minha infância para contar aqui, mas agora eu esqueci a maioria delas. Só estou lembrando de uma, então vou contar. Se eu lembrar depois das outras eu conto.

Teve uma vez que alguma amiga da minha mãe passou para ela uma "corrente de livros". Isso foi antes da internet, quando a palavra "corrente" por si só não causava a reação que causa hoje. Bom, era uma coisa bonitinha assim, tinha uma lista de seis nomes, daí você mandava um livro para a primeira pessoa da lista, apagava o nome dela, colocava o seu no fim, e passava a corrente para seis pessoas. Não era nada do mal. A gente ficou feliz com a idéia de livros aleatórios chegando pelo correio vindo de pessoas que a gente nem conhece.

Bom, então tá. Seis pessoas. Para quem passar? Eu queria ajudar, mas certamente nenhuma pessoa que eu conhecia lia livros (fora eu, claro). Eram crianças, ora bolas. Ah! Mas eu não encontro só crianças no colégio, certo? Eu encontro professoras também. E uma ou duas das quais eu gosto, que são interessantes, inteligentes, elas certamente lêem livros! Que idéia boa!

E lá fui eu, toda feliz. Eu falando com a minha professora de ciências, da qual hoje eu não me lembro muito (nem do nome...), mas lembro que na época eu achava ela muito maneira.

- Professora, você gosta de ler livros?
- Gosto!
- É? Que legal! Eu também! Olha só isso aqui que legal. Você passa para seis amigos seus e...
- Peraí, peraí, pode parar. Essa é a corrente que foi iniciada pelo Fulano de Tal?
- Não sei... [Juliana lê a carta para ver se foi iniciada pelo Fulano de Tal] Foi sim!
- Então eu não quero!
- Ué, por que?
- Porque eu já recebi essa corrente uma vez e não funcionou!
- Como assim não funcionou?
- Eu fiz tudo que ela mandou e não recebi livro nenhum!
- Ué, mas vai ver então que os amigos dos seus amigos não seguiram a corrente. Você tem que passar pra pessoas diferentes dessa vez.
- Não! Não quero! Essa corrente do Fulano não funciona! Se fosse outra, eu aceitava!
- Mas professora, não faz diferença quem começou... Sempre é como se você estivesse começando... O que faz diferença é pra quem você manda a carta...
- Não! O Fulano não funciona!
- E se eu apagar o nome do Fulano?
- Nãããão!!!


posted by Juliana at 12:32 PM ***




sexta-feira, outubro 20, 2006



Olhando aqui as buscas recentes que deram no JigglyBlog.

Uma que não costumava acontecer e agora está alta na lista, e por motivos óbvios (para quem lê sempre o blog...), é "sites com fotos de gente morta" e variações sobre o tema.

Não, eu nem quero comentar sobre gente morta hoje - o que eu quero comentar é que qualquer busca que comece com "sites com" foi feita por uma pessoa com QI baixo, certo? Se você procura por fotos de gente morta, e escreve no Google só "fotos de gente morta", você acha que ele vai te retornar o que? Biscoitos com fotos de gente morta? Ônibus com fotos de gente morta? Por favor, o Google vai retornar sites com o que quer que foi que você buscou. Sites com está implícito, não é para você escrever.

Falar em fotos, outra busca que sempre foi (e continua sendo) uma das que popularmente linkam para o JigglyBlog, é "fotos de anorexicos". Buscas que começam com fotos de tem o mesmo tipo de problema, só é um pouquinho mais sutil. Se você quer fotos de X, busque só por X e clique na parte de imagens do Google, ora bolas...

Mas sei lá, ta fraca a ocorrência de buscas engraçadas. A única mais digna de nota que eu vi foi "duzentos e trinta e quatro".


posted by Juliana at 7:04 PM ***




quarta-feira, outubro 11, 2006



O que é mais ridículo?

Por um lado, eu coloquei esses anúncios Google aqui no Jigglyblog, há uns dois ou três meses, mais "para ver o que acontece" do que qualquer outra coisa. O que aconteceu foi que nesse tempo todo, eu ganhei a ridícula quantia de U$1.36 com os anúncios.

Por outro lado, há um ano atrás, quando eu ainda estava lutando contra a minha falta de credit history para conseguir um cartão de crédito americano, eu abri uma conta poupança no HSBC (mesmo banco onde tenho minha conta corrente) com U$500.00 e fiz um secured credit card. Em um ano, os juros nesta conta me deram a ridícula quantia de U$1.14...

Notícias Favoritas

De hoje: Um avião bateu num prédio. É, né. Estão me perguntando o que eu sei sobre isso. Não sei nada além do que está nos jornais... O que posso dizer é que não foi nenhum big deal. Olha, é só pensar em Sim City. Se você constrói um monte de prédios altos e coloca três aeroportos em volta não muito longe... aviões batem.

Tá certo que eu estava longe do local, foi na rua 72 e eu estava na 4, mas não vi nada parecido com "paranóia". Talvez se eu estivesse num prédio ao lado eu teria descido e saído de fininho também, ora bolas. Você não teria? Isso não é paranóia...

De ontem: E não é que o Google comprou o YouTube? Mas hein? Dizem eles que não vai mudar nada, não vão demitir ninguém, vai continuar existindo o Google Video separadamente... Então, tá. Desde que eu possa continuar assistindo meus YouTube-seriados favoritos e compartilhando os poucos episódios de Lilo e Stitch que tenho.

Como disse o Sérgio: É, o Google está tentando indexar toda a informação do mundo. Vamos em frente. Informação é uma coisa boa.

Informação?

Só pra ter um gancho... Recentemente, no meio dos meus problemas existenciais, eu percebi que o meu problema é tédio. Sim, isso mesmo, tédio: no semestre passado, eu fiz matérias que foram mais difíceis do que eu gostaria. Para compensar, dessa vez tentei escolher umas coisas um pouco mais fáceis. Só que eu acho que errei na mão. Estou entediada - não estou tendo todos os desafios que eu preciso para continuar feliz.

Porque a gente - gente como eu, pelo menos - mede felicidade pela quantidade de informação que está entrando na cabeça da gente. Será que isso é normal? Será que os homens das cavernas eram tristes, porque não tinha um monte de informações para enfiar na cabeça deles, ou será que esse vício por informação é uma coisa mais recente, do tipo quanto mais informação está disponível, mais a gente sente necessidade de assimilar, porque senão a gente se sente como se estivesse perdendo alguma coisa.

Eu comecei a compensar a falta de desafios lendo livros. Ler livros enfia um monte de informação dentro da cabeça da gente. E eu estava achando que era pura preguiça, quero ficar lendo sobre assuntos aleatórios em vez de estudar. Só que nem tudo é aleatório. Algumas coisas são, tá, mas eu também estou lendo livros de matemática. Mas acabei descobrindo que não é preguiça, é o contrário - eu quero aprender mais coisas mais rápido, e as minhas aulas neste semestre sinceramente não estão me dando isso.

O que eu estou lendo e a minha falta de orientador...

Eu estou lendo sobre grafos aleatórios.



Esse assunto espanta os meus medos de que, além de fazer aulinhas, não tenha nenhum assunto que eu de fato queira estudar. Eu quero estudar isso. Eu gosto disso. E o Joel Spencer, autor dos dois livros acima, é professor aqui no Courant.

Ele é um cara simpático e tal, alguém com quem eu acho que seria agradável trabalhar. O problema? Ele não me conhece. Bom, a essa altura, eu já conversei com ele, ele sabe que eu existo, mas pára por aí. Ele não sabe mais nada sobre mim, então, quem pode culpá-lo por não dizer "oh, sim, claro que eu quero ser seu orientador"?

Não podemos. Mas o universo conspira contra mim. Ele costuma dar uma aula sobre o assunto de grafos aleatórios sempre no Fall. (Primeiro semestre do ano pra mim, segundo semestre para vocês no Brasil.) É uma aula "sigla dupla" nos departamentos de matemática e de computação. Quando eu conversei com ele, ele disse que no ano passado, por motivos desconhecidos para ele, o pessoal administrativo esqueceu de colocar o curso como sigla dupla, ficou só como computação, e ele só foi perceber isso no meio do semestre. Este foi o motivo pelo qual eu não fiz esta aula no ano passado. E o motivo deste ano? Por algum motivo ele não está ensinando este ano...

Então eu, na maior cara de pau, no começo do semestre simplesmente bati na porta dele, sem nunca ter dito nem "oi" antes, e a gente conversou um pouco sobre quais são as coisas que eu gosto, que eu não gosto, quais matérias eu estou fazendo. Ele não me disse nem que sim nem que não. Ele me disse, vamos esperar um pouco, ver como anda o semestre, etc. Bom, o semestre está andando um tédio absoluto, como já mencionei.

Há alguns dias mandei um email pra ele, perguntando se podíamos nos encontrar de novo para falar mais a sério sobre o lance de se ele quer ser meu orientador. Eu não mencionei o lance do tédio - quando eu escrevi, ainda não tinha tido este insight. Mas ele ainda não respondeu, e isto é o que catalisou a minha mais recente crise existencial.

Crises existenciais...

Você sabe que você está deprimido quando você olha em volta no metrô e odeia todo mundo. Isso começa com odiar cada pessoa em particular por um motivo especial - aquela ali porque está tratando mal o filho, auqele outro por usar roupas ridículas, esta por ser gorda, aquela por causa da cor do cabelo.

Mas isso é só o começo. Depois de um tempo, você começa a perceber que os motivos são racionalizações - você odeia as pessoas porque elas são pessoas. Porque tem pessoas demais no mundo. Porque tem pessoas demais nessa cidade. Nesse trem. Eu estou tentando descrever a sensação de ódio das pessoas que tive uns dois dias atrás, mas está difícil - era como se o mundo não tivesse o direito de criar tantas pessoas, todas diferentes umas das outras, cada uma com suas características e problemas, são coisas demais para existir no mundo. Se os meus problemas me machucam tanto, como podem essas pessoas todas olharem para mim e eu não significar nada para elas, absolutamente nada, assim como elas não significam nada para mim? Como podem existir tantas pessoas que não significam nada para mim, e que eu não sentiria a menor falta se elas simplesmente explodissem? Que sentido tem a vida delas, então? Que sentido tem a minha vida, se tão poucas pessoas iam sequer notar se a minha cabeça explodisse?

Você sabe que você está deprimido quando você começa a questionar o sentido da vida. E sabe, eu hoje cheguei à conclusão de que a melhor maneira de sair dessa é não pensar no sentido da vida. É tédio? Ok. Então é tédio. Então eu vou ler mais um livro. Ver mais um filme. Estudar mais alguma coisa. Mas não pensar, não pensar, não pensar.

Os homens das cavernas nem eram infelizes nem eram viciados em informação. Eles não tinham evoluído o suficiente pra isso. Com o passar do tempo, as pessoas começaram a se perguntar o sentido da vida. Isso é deprimente. Para fugir disso, elas estudam, elas absorvem informação, elas criam informação. Com isso, o sentido da vida - ou falta dele - se torna mais compreensível. E mais deprimente. E assim vamos...

Mas no final das contas, nem todas as pessoas são horríveis. Obrigada, mundo.


posted by Juliana at 11:22 PM ***




sábado, outubro 07, 2006



Aqui está um objeto familiar:



Agora, dá pra alguém me explicar o que é isso?



Antes que comecem as respostas engraçadinhas, eu sei que os dois são a mesma coisa :p O que eu estou perguntando é, será que dá pra alguém me explicar a motivação por trás do design maluco do segundo?

Atualmente, o que eu tenho é do segundo tipo. O meu antigo quebrou, e eu fiquei muito triste embora eu não tivesse como esperar que um headset que custou 1 dólar durasse pra sempre. O que me deixou muito triste foi que a loja de 1 dólar onde o comprei fechou, e eu não tive a presença de espírito de comprar todos os headsets de 1 dólar dela antes disso. Surpreendentemente, o Sérgio também não.

Saí, então, à procura de um novo, porque o meu original que eu comprei quando cheguei aqui, por 20 dólares, já quebrou também, mas este teve um bom motivo - eu sentei em cima dele. Não, não foi de propósito.

Só que agora as especificações são muitas: eu quero um headset que tenha as espuminhas de espuma, não emborrachadas, que saia som dos dois lados (sim, porque outra coisa muito comum é encontrar headsets que só fazem som de um lado, deixando a outra orelha livre para ouvir o som à sua volta. Ora, para isso eu já tenho o meu de 1 dólar que quebrou e só está funcionando um lado...), que tenha microfone (porque senão não pode nem ser chamado de "headset", é um simples "headphone"), e que não custe os olhos da cara.

Acabei comprando um de 20 dólares na Staples, mas é do tipo da segunda foto. Tinha um como na primeira foto, mas as espuminhas eram emborrachadas e custava 50 dólares. O que me leva à próxima pergunta - quanto custam essas coisas no Brasil?? Eu nunca tive um porque naquela época eu não usava Skype, mas não consigo acreditar que seja esse preço!!

Comprei para experimentar. Sempre achei o novo design absolutamente inexplicável, mas, vamos ver no que dá. Oportunidade para todo um novo tipo de trauma. Sabe, eu sempre tive a cabeça grande. Tipo, Joãozinho, pega o seu boné e vai na feira comprar uma melancia. Eu nunca fui comprar melancia, porque também eu não usava boné, mas quando eu tinha 6 anos de idade eu fui à Disney e todo mundo, inclusive os adultos, usava aquele chapeuzinho com as orelhas do Mickey. Menos eu. Na minha cabeça não entrava. Foi aí que eu descobri que a minha cabeça era grande, mas depois, olhando retroativamente, sabe aqueles gráficos que os pediatras fazem do nosso crescimento? Pra quem não lembra, eles são mais ou menos assim:



Este aí é de peso, mas tem a mesma coisa para altura, diâmetro da cabeça, e talvez outras coisas que eu não me lembro. A linha do meio significa o extremamente normal. As duas linhas em volta dela significa uma faixa de normalidade. As duas linhas mais da ponta significam a faixa do aceitável. O gráfico do tamanho da minha cabeça sempre foi acima de todas essas linhas.

Anyway. Daí eu comprei um headset. A idéia é usar ele assim:



O que obviamente não pode functionar, porque ele não tem onde se apoiar, ao contrário do formato tradicional que se apóia na sua cabeça e a força da gravidade o mantém lá. Da cabeça não passa, assim como a sua cadeira não passa do chão. Mas não meu novo headset. Eu o coloquei na posição onde ele deveria ficar, e ele instantaneamente caiu e ficou em volta do meu pescoço. Tentei de novo. Caiu de novo. Repita até ficar enjoado.

Daí veio o Sérgio. Ele tem um headset desse tipo também, pelo mesmo motivo - é praticamente impossível encontrar headsets normais hoje em dia. Ele disse que o dele fica na cabeça dele, e veio ver qual é a do meu. Colocou na cabeça. E o troço ficou.

Será que eu estou fazendo errado? Disse eu. Deixa eu ver, disse ele. Coloquei. Caiu. Deixa eu colocar pra você, disse ele. Colocou. Caiu.

Novo trauma: Será que a minha cabeça agora está diminuido?? Justo quando eu tinha me acostumado com o fato de que ela era grande para acomodar um grande cérebro? Quais serão as implicações disso para a minha capacidade de terminar o doutorado?

Depois de alguns minutos dessa cena ridícula em que na cabeça dele funciona, na minha não funciona. Depois de algumas tentativas mal-sucedidas de fazer o bichinho ficar mais fechado para que faça mais pressão (porque além de tudo ele é daquele tipo que se dobra todo para você poder levar na bolsa junto com o laptop). Depois de constatarmos o fato de que o headset dele funciona na minha cabeça também, mas é porque ele fica apertando, daí não cai. Diz o Sérgio que isso faz com que ele fique desconfortável depois de uma hora. Eu não quero um headset que fique desconfortável depois de uma hora.

Daí eu comecei a seriamente tentar usar o design do headset que sugere que você coloque uma paradinha atrás da orelha, como se fosse um óculos. Como a menina da foto aí em cima. A princípio eu não estava fazendo porque não sabia como, depois porque o Sérgio disse que não usa a paradinha e o headset dele fica parado (e de fato, fica), mas nessa hora, sem ter mais opção, comecei a usar a paradinha atrás da orelha.

Bom, ela impede o headset de cair, é um fato. Prender o headset nessa posição sem que o seu cabelo fique entre a espuminha e a orelha é uma arte, mas eu estou aperfeiçoando isso, agora que já passou uma semana. O centro das espumas não fica no centro das minhas orelhas, fica no lugar onde estariam os brincos se eu os usasse. Mas elas são grandes, o headset é bom, faz um volume bem alto, muito dá para usar.

Agora, depois de alguns dias, surgiu mais um novo trauma: Esse negócio está forçando as minhas orelhas para fora! Eu vou ficar orelhuda além de cabeçuda!

Por que não podem existir mais headsets normais? Snif...


posted by Juliana at 10:44 AM ***




sexta-feira, outubro 06, 2006



Frase do Dia

Se eu vou ou não sair de casa amanhã vai depender da minha habilidade de fazer o dever de casa de probabilidade sem sair de casa.

Frase da Semana Passada

Esse site sempre faz isso! Quando eu clico em alguma coisa, ele muda as coisas de lugar de modo que eu cliquei no anúncio em vez de clicar na coisa que eu queria clicar.


posted by Juliana at 1:43 AM ***




quinta-feira, outubro 05, 2006



Ja que *eu* nao consigo pensar em coisas interessantes para escrever, fiquem com o Dilbert.

A Test For Free Will.

Pra quem se interessar no que ele esta falando, tem outros postes no blog dele sobre o mesmo assunto. A vantagem de voce ser famose eh que as pessoas ficam respondendo o que voce fala, e ai voce tem mais assunto para falar ;)

Anyway, eu concordo 300.000% com ele. Nao existe esse negocio de Livre Arbitrio. E isso fica absolutamente claro quando - e isso eh parecido com o "teste" que ele propoe - voce comeca a tentar dissecar as coisas que voce pensa e explicar por que voce pensa essas coisas. Quanto mais voce tenta, mais fica claro que as explicacoes sao um monte de bobagens pos-inventadas, e voce sente o que voce sente porque sim, e eh isso ai.

Parta disso para tentar mudar o que voce sente, quando voce se convence de que suas explicacoes sao bobagens e que nao faz mesmo nenhum sentido sentir aquilo. Tente. Nao da. Entao que liberdade voce tem, se voce nao controla nem sequer o que voce pensa? Eh isso. Somos apenas um aglomerado de atomos vivendo num mundo deterministico.

Nota - isso nao eh uma coisa depressiva do tipo "ooh, se eu nao tenho controle da minha vida, entao nao vale a pena viver". Nao. Viver vale a pena, sim. O universo pode ser deterministico, mas eh tao complexo que prever o que vem a seguir eh impossivel. Entao voce vai indo, sem nenhuma opcao mas sempre se surpreendendo e, hopefully, se divertindo. Meio como ver um filme.

Isso nao eh uma coisa depressiva. Eh apenas uma constatacao da realidade.


posted by Juliana at 7:20 PM ***




terça-feira, outubro 03, 2006



Ate um tempo atras, eu costumava olhar quase que diariamente na pasta de spam do Gmail para ver se alguma coisa que nao fosse spam tinha acidentalmente caido la. Ao fazer isso, eu aproveitava e esvaziava a pasta de spam, de modo que ela estava sempre vazia ou quase vazia.

Mas isso consumia um certo tempo, e como consistentemente 100% das mensagens na pasta de spam eram mesmo spam, eu simplesmente passei a ignora-la.

O Gmail apaga mensagens de spam mais antigas do que 30 dias. Uma consequencia bonitinha disso eh que, depois dos primeiros 30 dias em que eu ignorei os spams, o numero de spams na pasta passou a ficar mais ou menos constante - porque se chegam x spams a cada dia, por outro lado o Gmail apaga x mensagens que chegaram 30 dias atras.

Esse numero constante de spams era, entao, por volta de 1700. Facam as contas para saber quantos spams por dia isso significa. Mas nas duas ultimas semanas, venho vendo o numero crescer e crescer... Agora esta em 2050!


posted by Juliana at 2:18 PM ***









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